Dois mil e quinze passou, Hans. Mas não antes de me presentear com o restaurar da nossa família. Em partes, por que também não podia exigir tanto, mas acredito que dois mil e dezesseis me traga o resto. Também não precisa me trazer, eu mesma vou atrás buscar.
Qualquer coisa que eu tenha vivido e tenha sido - por mim declarado, mas não realidade, observo - um fracasso, foi totalmente anulada por aquele dia vinte e quatro de dezembro. Só tenho a agradecer pela forcinha do Universo, pela calma do Mestre, pelo sopro de gratidão. Foi ótimo, Hans.
Talvez a faculdade não tenha sido tudo aquilo que eu imaginei. Talvez o curso esteja errado, a instituição, alguma coisa. Por outro lado, uma coisa ou outra a gente aprende, seja pra vida profissional ou apenas pra vida.
Sobre as vidas que nos deixaram, tivemos nossas perdas. A ausência sempre dói mais nos próximos. Compramos a casa, a terceira parte dela, no caso. Agora são duas partes, e por enquanto: uma. Levei alguns sustos, pensei estar prestes a perder meu amor mais sincero, mas controlamos a situação. Está tudo bem. Estamos todos bem.
E por causa do décimo segundo, posso dizer que não apenas sobrevivi ao ano, mas vivi. Talvez sejam mudanças internas ou apenas novas configurações astrológicas, mas os vinte e sete começaram bem.
Garanto que 2016 será tão bom quanto.
Só depende de nós.
C.G.