Templates da Lua

a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


Caixa Postal

carollis.tumblr twitter.com/carolliiiiina .facebook.com/carolina.cds

Correspondências

segunda-feira, 30 de julho de 2012

sobre fraco mortal;

Sabe quando sua mente não descansa? É terrível! Se tem uma coisa que eu nunca sofri – até essa semana que passou – foi insônia... Eu amo dormir! Como posso ter insônia? Enfim, minha mente está nesse loop eterno. Acho que um pouco é culpa dos livros que venho lendo... HAHA Você sabe como sou quando quero saber o final de um livro... Pior quando ele é uma trilogia! Favor me lembrar de nunca mais ler livros 'em série', PLEASE. Eles são terríveis para minha mente ansiosa.

Bom, Hans. Estou lendo a trilogia Fifty Shades. E estou no segundo livro – em inglês! Acho que é por isso que minha mente está tão... alerta. Ler em inglês é mais fácil – e mais difícil – do que pensei. Eu entendo o que está escrito, mas minha mente demora a processar... me parece. É estranho. E tem esse efeito... eu fico 'falando' mentalmente em inglês, é MUITO legal, mas depois de dois dias... cansa. HAHA 

Mas agora, acho que preciso mesmo é falar sobre o livro – preciso achar uma forma de extravasar tudo aqui dentro, entende? – Não é um dos melhores livros que já li – mas não vale muito em conta, me apaixonei por Twilight quando li!!!!!!!!! Ainda bem que a gente muda de opinião com o tempo, não? – mas fazia tempo que eu não ficava tão... ansiosa por causa de uma história. E talvez seja por causa dessa coisa de Dominante e Submissa e aquela frase – que não me sai da cabeça, desde que comecei a lê-los – "Pessoas controladoras tem um fraco mortal por quem sabe controlá-las." Acho que o protagonista da história se encaixa ali, levando em consideração toda a sua história.

E acho que eu também me encaixo ali, entende? Quero dizer: Eu me encaixo ali. Você sabe por que durou tanto com o Monstro... De certa forma, ele me dominava: Eu nunca estive no controle. E aquilo me fascinava... e me aterrorizava. E bom, foram quatro anos de enrolação, até conseguir me 'libertar'. Eu sou uma pessoa dominadora, basta olhar para mim. Eu sou direta, opinativa, decidida. Eu percebi isso claramente durante a construção da casa: Fiz valer minha opinião em cada detalhe, e quando percebia que estava 'dominando' o gosto da casa, tentava retroceder – sou um tipo de dominante que se sente egoísta quando domina, HAHA – mas não é tão fácil. 

Isso me lembra os outros dois relacionamentos significativos que tive... Aqueles eu dominava. COM-PLE-TA-MEN-TE. OK. Talvez não tanto no primeiro... mas ainda assim exercia um certo controle. E me extasiava com isso. Acontece que perde a graça com o tempo. E se torna uma relação insignificante. Aqui acho que se encaixa outra citação perfeita – do meu mapa astral! -  "Costumo brincar dizendo que gente de Vênus em Escorpião tem como fantasia secreta encontrar alguém mais forte do que eles, que os rapte para uma caverna escura".

"Alguém mais forte que eles." Mais dominante. E isso está muito na minha cabeça enquanto leio Fifty Shades. Será que eu iria até naquele ponto?

Eu sei a resposta, Hans.
E tenho medo dela.
C.G.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

sobre being Erica e arrependimentos;

Você já assistiu Being Erica, Hans? Pois devia. Em resumo, ela é "uma de nós", sabe? Desempregada, sem namorado, sem esperança no futuro – OK, não tão nós assim, mas você entendeu o ponto. E então ela conhece Dr. Tom – na minha história, ele é você :) – e ele propõe – não sem comprometimento da parte dela – uma terapia... diferente. E com resultados garantidos! E que terapia melhor do que 'ressignificar o passado'? Olha, isso está na minha revolução solar desse ano! Ano de Câncer: "Muitas vezes é preciso ressignificar o passado para poder seguir adiante, caso contrário ficamos andando em círculos. Mas observe que não se trata simplesmente de voltar para o passado e ficar lá, mas de trazer algumas coisas à luz da consciência e tornar-se, deste modo, uma pessoa mais realizada." 

Bom. A coisa começa simples: Erica faz uma lista de arrependimentos – e é enorme! – e Dr. Tom a leva de volta no tempo, para que ela... mude o que quiser mudar. "E o que você faria se pudesse voltar no tempo?" Coisas melhores. Sempre – temos a ideia – de fazer melhor. Enfim, como já estou quase terminando a terceira temporada – são pequenas, com doze episódios! -  e só resta mais a quarta – foi cancelada, não entendo o que os americanos/britânicos tem! Ou melhor, entendo: Um mau gosto terrível para séries, pois vivem cancelando as boas! Tipo FRINGE! Como puderam cancelar Fringe?! Mas OK. Isso é outro post, maybe.

Obviamente eu já vinha pensando na minha lista de arrependimentos por algum tempo. O primeiro item, você sabe qual é. Óbvio que seria um cara, não é? "O maior erro da minha vida", como costumo pensar. Acho que ele merece o primeiro lugar. E o que eu faria diferente, então? Bom, aqui se encaixa uma frase do Dr. Tom: Ás vezes a melhor coisa a se fazer é NA-DA. E é isso, eu NÃO faria. Eu me manteria distante. Bom, não sem antes o colocar em seu lugar. Eu mereço essa parte, OK? E eu tinha um vocabulário de sarcasmo tão bom naquela época! Seria bom fazer uso dele. Até imagino a cena...

OK, voltando à lista, depois desse arrependimento confesso que tive que pensar muito para achar outros – sério, a lista ta pequena! – então eu voltei para a 7ª série e resolvi que não faria bulling nenhum, nada de 'dente por dente, olho por olho'. Isso me faria sentir uma pessoa melhor, hoje. Esse foi fácil! O terceiro da lista... Hmmmm... bom, acho que mudando o primeiro, eu já – automaticamente – mudaria o terceiro, que é: Não ter aproveitado o terceirão. Não sei bem o que mudaria hoje em dia, mas eu poderia ter aproveitado mais. Pelo menos as aulas de inglês... 

Hm. O quarto me surgiu agora, e ele é super besta, mas merece estar na minha lista de criança-responsável: Não fugir de casa com meus irmãos para ir buscar meu pai. Bom, quando eu tinha uns sete/oito/nove anos, meus pais estavam enfrentando uma crise de falta de dinheiro. E casamento nenhum dá certo se você não tem dinheiro para pagar as contas e colocar a comida na mesa – palavras do meu pai. Assim, ele e minha mãe tiveram a pior briga que lembro. Meu pai 'saiu' de casa, indo trabalhar em Rio do Sul, na casa do meu tio – irmão dele. Não sei quanto tempo ficou fora, só sei que um dia meu irmão mais velho apareceu lá em casa, convidando nós para irmos buscar ele. E eu fui junto, sem minha mãe saber. Chegamos tarde da noite em casa, e aquela foi a única vez que levei um puxão de orelha da minha mãe. Eu sempre fico pensando que a deixei acordada até tarde por coisa boba. Eu não precisava ter ido. Não precisava ter preocupado ela a toa. Enfim, hoje eu não iria. Meu pai voltaria pra casa de qualquer maneira.

O quinto não é bem um arrependimento. Eu acho que me sai bem, de qualquer forma, e tenho medo do que aconteceria se eu o mudasse. Será que o mudo, ou não? HAHA Acho que sim: Eu não pediria demissão em 2009. Eu aturaria o Oscar por mais um tempo, e que me colocassem na recepção, ia ser a melhor recepcionista da história do Posto, HAHAHAHAHAHAHAHA OK. Não é pra tanto, mas era isso: Recepção ou pedir demissão. Eu pedi demissão. Acho que a recepção teria me feito bem... Não teria? 

O sexto: Eu teria aproveitado o CtBeaux com o povo de Beaux. Pelo menos teria ficado até domingo. Aproveitado a turma, conhecido mais eles. Olha, surgiu mais um (vai ficando mais fácil, acho!) Sétimo: Não teria chamado a Claudia de Sra. Experiência. Eu nem lembro exatamente por que a chamei disso, já que eu mesma dava uma de 'sra. Experiência'. Carolina, nunca enxergando o próprio rabo. Nós poderíamos ser tão amigas como éramos. Foi traição e infantilidade da minha parte. Esse realmente merece estar na lista.
E é isso, fecho esse post com sete (cabalístico, tsc) arrependimentos – eu vou lembrar de mais alguns, impossível que não, e venho fazer outro post. Mas de qualquer forma: Aprendi grandes lições com todos esses 'erros'. A frase clichê "é errando que se aprende" está me importunando, mas no final é isso mesmo.

No meu caso:
é errando que me torno uma pessoa melhor,
C.G.


terça-feira, 17 de julho de 2012

sobre expectativas aos treze;

Hans. Onde você imagina estar daqui dez anos? Pensei sobre isso uma noite dessas, antes de dormir. Não consegui – ainda – pensar sobre o futuro, acho que estou nessa fase de não criar expectativas, que até mesmo uma brincadeira sobre minha vida aos 33 – ótima idade, tantos 3! – parece... estranho demais.

Mas hoje de manhã pensei sobre como eu imaginava minha vida aos 13. Treze anos. Sétima série. Acho que eu ainda queria ser advogada/juíza/promotora. Se eu não me engano, no ano anterior havia participado da Olimpíada de Astrologia. Larguei isso aos 13, já estava percebendo que não era inteligente o bastante. Hm. Aos treze eu estava revidando, lembrei agora. Eu havia brigado – fisicamente! – com a Luana Carla, lembra? Levar um tapa na cara e dar um tapa na cara mudou totalmente o respeito da turma para comigo. Incrível. Estava cansada de sofrer bulling, blé. Cansada de sofrer... Mas daí começou a minha vez de fazer sofrer.

Falsos arrependimentos não valem nada e aos treze o ditado 'dente por dente, olho por olho' fazia todo o sentido para mim. Revidei. E continuei revidando durante todo o ano – no ano seguinte ela mudou de escola, de cidade e de vida. Será que foi por que eu a fiz sentir na pele como é estar numa sala de aula quando ninguém gosta/fala com você? Poxa, passei por isso desde a quinta e estava ali, firme e forte. Mas acho que nunca é bom provar do próprio veneno.

Hoje, aos vinte e três, admito que não me orgulho do que fiz – eu não lembro muito dessa época, pra falar bem a verdade. Normalmente só lembramos do que sofremos, certo? Por que essa parte eu lembro muito bem... Talvez ela lembre com mais detalhes. Ou talvez não. Nunca saberei. Well... pensando bem, acho que ela lembra... Alguns anos depois – quando já estávamos todas formadas, as meninas comentaram que falaram com ela, fizeram as pazes... Mas ela ainda me odiava. WHAT THE HELL?! Me fez passar o inferno por dois anos, quando revidei, me odeia por toda a vida? OK, then.

Bom, acho que sofrer bulling me tornou mais forte. Me tornou quem sou hoje, e – momento me acho – me tornou uma pessoa melhor. Estranho, não? Só acho que eu seria arrogante demais, cruel demais... E se assim ainda tenho que controlar minha arrogância e ter minhas lutas de arrogância versus humildade, imagina se eu não tivesse sido isolada totalmente aos 11? Que tipo de pessoa seria?

Mas OK, o assunto era aonde eu queria estar aos treze. Possivelmente longe daqui. Possivelmente formada. Rica. Continuo aqui, já comecei uma faculdade, já larguei. E olha, não tinha nada a ver com Direito. Pra falar bem a verdade: vou sempre passar super longe de Direito, acho que tem advogados demais no Brasil. Estou longe de ser financeiramente rica. Mas aprendi a enxergar outras riquezas – olha o momento clichê chegando.

Enfim, Hans. Estou aqui, e por incrível que pareça, estou exatamente aonde devia estar. O bulling aos treze me fez mais forte. Praticar bulling... aaah.. acho que se eu não tivesse feito, me consideraria fraca – naquela época, DARK CAROLINA, remember? - e - de certa forma - me envergonhar disso me torna mais humilde na vida.

Não sei, Hans. No final das contas, cada episódio da vida nos molda de uma forma...

E eu só sei que gosto da forma que fui moldada.
C.G.




sexta-feira, 13 de julho de 2012

sobre altos e baixos e a fase do "tô ótima";

Hans.
Ah. 

Essa semana foi intensa. Sabe aquele tipo de semana que te leva lá em cima, nas alturas, e depois te joga no chão, pisa em cima, para novamente te erguer e... Você entendeu. Tive meus altos e baixos. E sabe o que tenho percebido? Tenho tido muito disso. Muito mesmo. Mas existe aquela diferença, sabe? Eu estou sempre voltando a voar. A olhar de cima. 

Uma parte do meu salário foi cortada, essa semana. Recebi uma mensagem que me fez ter uma reação horrível - todo mundo sabia que eu iria reagir assim, menos eu, claro. Incrível. Faz parte de ser... eu. (Ou talvez nem todo mundo sabia, afinal.. who cares? Devo prestar mais atenção nessa necessidade de grandeza, dica) (Você supostamente deveria me ajudar nisso, mas OK, relevo.) 

Mas se alguém me perguntar como foi a semana, a resposta é, sem pestanejar: ÓTIMA. E é isso, Hans: Está tudo tão ótimo, e durante tanto tempo...

Será que cresci, finalmente? 
Ou melhor: Será que finalmente entendi?

Detalhes. Detalhes.




Simples assim :)
Obrigada por tudo, Hans.
C.G.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

sobre coisas aleatórias e pequenas;

Tanta coisa boa tem acontecido esse ano, Hans.
Coisas pequenas, os detalhes, mas que fazem aquele 'bem danado', sabe?

Nesse final de semana quase comprei passagens para ir para São Paulo, com a turma de Beauxbatons. Babs me ofereceu hospedagem, yey! Eu realmente poderia ir, mas sabe quando você para e pensa: Vale a pena ficar no vermelho alguns meses? Você sabe que tenho essa forte relação com dinheiro, principalmente com a parte 'responsável'. Enfim: Desisti. Bom, não desisti, apenas adiei a ida à SP, e claro, desisti de ir com a turma de Beauxbatons e – possivelmente – irei com a turma do Limbo. Setembro também chega, não? E possivelmente estarei em meio a mudanças e férias, mas uma viagem também se encaixa – a gente faz encaixar!

E Junho, Hans... Ah, Junho foi ótimo! Animado, agitado e passou voando. E o frio? Sabe que ele não deu o ar da sua graça por aqui ainda? Claro que FAZ frio, mas não aquele frio, de gear, querer sentar na beira do asfalto e chorar, aquela coisa toda de todo ano, sabe como é. Andam comentando que o inverno não será tão rigoroso esse ano. Bom.

E a casa, Carolina? A tão falada casa... Nós demos uma paradinha básica em Junho, juntar dinheiro – isso pesou na decisão de adiar SP também – esperar esquentar um pouco... Mas ela já tem escada! Chega de subir para o 2º piso em escada de construção! Rá! As coisas estão acontecendo, Hans.

Devagar e sempre.
Este é o lema do meu 2012.
C.G.