Templates da Lua

a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


Caixa Postal

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Correspondências

domingo, 30 de junho de 2013

sobre o que eu também não entendo;

Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos
Traduzidos em palavras
Pra que você possa entender
O que eu também não entendo
Amar não é ter que ter
Sempre certeza
É aceitar que ninguém
É perfeito pra ninguém
É poder ser você mesmo
E não precisar fingir

É tentar esquecer
E não conseguir fugir, fugir
Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos

Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender
Posso brincar de descobrir
Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo
Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também



Pra deixar registrado nas entrelinhas, Hans.
C.G.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

sobre 2010;

Talvez seja o mês. Parece longo demais, você não acha? Voltei ao Limbo duas vezes nesse mês. Nessa passada de hoje, achei guardado na caixa muitos históricos de conversas... Quanta coisa cabe dentro de uma caixa, Hans? Amores. Planos. Risadas. Amigos. Eu tive muito disso tudo em 2010. Sério... Olhando agora... Relendo tudo: 2010 foi definitivamente um ano muito bom! Quem dera ter mais anos como ele... 

Será, Hans? Nem sequer lembro o que aconteceu em 2011, o que fiz, planejei, quem conheci... Ah, OK. Lembrei agora (foi um pequeno lapso, sorry). Então 2012... E 2012? Bom, esse foi interno, foi família... com um bom motivo. Mas 2013? Sem bom motivo. Pra nada. 

Tenho medo de ter perdido todas as chances de ter mais anos como 2010. Vivos, sabe? Engraçado que durante eu o vivia não achava que estava sendo tudo aquilo não... Mas não, não dá pra ter a mesma perspectiva de 2013, sério. Em 2010 eu já teria feito um semestre de DG, enquanto que 2013 não, OK? Em 2010 eu estaria me matriculando no Energia, pagando a inscrição do vestibular, amando, sonhando - literalmente! Meu Diário de Sonhos tem cerca de 170 sonhos! - chorando, indo pra BH, voltando. Bá. Foi um bom ano, definitivamente. 
Não sei exatamente o que estou fazendo aqui, Hans. E tenho dito muito isso, mas feito nada. Estou acomodada, e pior ainda: não se importando o suficiente para que mude algo. Tem sempre uma desculpa, não? É o inverno. Talvez. Ou dinheiro. Talvez. É falta de vontade real, certeza. Em algum ponto entre 2010 e 2013 eu me perdi. E foi tão brusco que ainda estou andando em círculos tentando descobrir quem eu era, o que queria... O que estava fazendo. 

Pra você ter uma ideia, encontrei na Caixa uma lista de "coisas que eu mais falo", o que eu mais falava na época não importava, o de agora sim: Não sei. E se insisto em não saber, Hans, como vou conseguir chegar em algum lugar? Pois é, não sei.

Bom, só queria deixar registrado aqui uma frase que encontrei na Caixa, e que define bem o amor que vivi em 2010: "Alguns amores não tem final, ficam pela metade." Pode ser besta, mas é real. Dois meses eternos enquanto duraram. Sempre lembrarei bem desse. 


Mas apesar de tudo ela tem sonhos, 
e diz que um dia a gente há de ser feliz.
 C.G.

domingo, 16 de junho de 2013

sobre nem sempre poder se culpar;

Talvez eu devesse mudar o nome do blog para "Cartas sobre um amor que não consigo deixar de falar." Eu sei, Hans. Mas hoje ainda preciso falar um pouco disso, OK? Principalmente com você, que me acompanha desde aquele fatídico julho de 2011. 

Sabe, apesar de ter conseguido superá-lo - HAHAHAHAHA, e não parece, eu sei - eu sempre me senti meio... tola, por ter lutado tanto por um amor que no final das contas eu não queria. Essa culpinha besta sempre esteve aqui dentro, não sei explicar... É como eu falei pra Ju: "Mas quando o tempo passa e você esquece das coisas... Sempre acha que podia ter sido mais... esperta."

Daí hoje eu estava lendo o Diário que tive/tenho no Limbo... E duas frases me chamaram atenção: "Fui para Curitiba no dia 10/07/2011, com uma bagagem cheia de casacos e expectativas. Uma pena, não devia ter levado nem uma das duas coisas, mas enfim."

Escrevi isso logo antes de escrever pela primeira vez pra você. Um ou dois dias, não quero checar isso agora, não vem ao caso. Mas continuando a ler, chego na outra:  "Me desculpe, eu sabia SIM que poderia não dar certo, mas sabe o que ele me falou na sexta: Urbano: Sabe que te amo mais do que jamais amei ou vou amar qualquer mulher neste mundo, né?"

Eu não tive culpa, no final das contas, Hans. Eu (achava que) o amava, e ele correspondia. Mas sabe... Eu penso agora: Que tipo de palavras eram essas? Que amor era esse? Olhando agora, em pleno 2013... Parece que nunca foi amor, sabe? Em nenhuma das partes. 

Mas há de concordar comigo que palavras não são nada, sim? Talvez ele tenha me amado mais do que tinha amado qualquer mulher nesse mundo, até acabar. Eu acho que também o amei assim. Também até acabar.  
Mas por sorte as palavras não ficam marcadas na vida, Hans. 
E não preveem o futuro.
C.G.



segunda-feira, 3 de junho de 2013

sobre ser uma ilha;



Semana passada conversei com a Franci. Depois de meses. Hans, eu tenho passado tanto tempo dentro, que não tenho deixado mais ninguém entrar, entende? Mesmo aquelas que eu achava que já tinha sido inclusas. Ah, eu realmente deveria saber que não funciona dessa forma comigo. É engraçado olhar para trás e ver que melhorei na questão de socialização, e também piorei completamente. Funciona mais ou menos assim: “É fácil socializar? É claro que é! Mas eu não quero.”
 
E é doentio, você sabe. Daí me pego pensando... será que é realmente doentio? Será que me transformar em alguém mais... sociável... é o que devo fazer? Ah, Hans... Você consegue imaginar isso? De verdade? Não acredito. Não consigo ver, e se eu não conseguir ver... Não acontecerá, você sabe. Mas enfim, depois de algumas linhas de conversa com a Franci, ela disse: “Cuidado para não se tornar insensível demais.” (ou algo assim, preguiça de abrir o histórico nesse momento). E é verdade. Quanto mais eu deixo as pessoas fora, mais insensível eu fico. Eu não sinto, Hans. E eu tenho Netuno na 1, eu sou um portal e carrego ‘toda a dor do mundo’. E não sinto nada (mas me sinto bem, obrigada por perguntar.)

O problema – ou não – é que sempre foi muito fácil estar sozinha, não precisar estar com outros. E é cada vez mais fácil... 

Mas até que ponto?
Todo mundo precisa de todo mundo, Hans.
Não dá pra ser uma ilha pra sempre.