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a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


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Correspondências

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

sobre satisfação e felicidade serena;

Hans.

Foi me 'dito' que eu teria que voltar ao passado, não para permanecer lá, mas poder reformulá-lo e assim seguir em frente. Acho que acabei fazendo isso, de forma inconsciente. Incrível como algumas pessoas sempre me ligam ao 'passado', mas já foram tão presentes... Enfim. Voltei ao passado, e de certa forma o reformulei mesmo. E sigo em frente. Isso é algo que, honestamente, pensei nunca ser capaz de conseguir: Deixar para trás. Esquecer. Bom, 'seguir em frente', de verdade.

No mais, tenho estado estranhamente satisfeita comigo. Tranqüila, tranqüila, uma benção depois de um ano tão perturbado como 2011 – não entenda mal, 2011, você foi realmente incrível, mas eu fui devastada psicologicamente, alternava entre felicidade plena e depressão profunda quase toda semana. Foi tenso. Mas valeu a pena, também.

Assim, tenho abraçado essa tranqüilidade toda e a satisfação. Na verdade, estou amando essa fase 'satisfeita com o que possuo', eu sei, Hans. Não devemos ficar satisfeitos, por que daí paramos de evoluir, eu entendo seu ponto, eu sou aquela que sempre olho para o ponto mais longe, lembra? "A flecha no arco retesado prestes a ser lançada em direção a um novo horizonte." It's me!

Mas como já quis tanto e tanto e tanto, vivendo mais o futuro incerto do que o presente que eu tinha nas mãos, acho que tenho o direito de curtir essa fase 'satisfeita'. Prometo que será no máximo por um ano, OK? Deixa eu ser feliz.



Afinal de contas, é pra isso que estamos aqui.
Não é?
C.G.



Ps.: Eu sei que sim.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

sobre ele, sonhos e vícios;

Ah, Hans.

Será que um dia entenderei completamente o que se passa comigo? E com a minha vida/encarnação? Bom, ainda bem que eu acredito – me parece impossível não acreditar, sabe? Isso já 'nasceu' comigo – que encarnamos tantas e tantas vezes, sabe? Fica mais fácil entender aquilo que não entendemos, HAHA É que assim... Posso acreditar que algumas respostas não estão nessa vida, e sim em outra, outras tantas que já vivi. É meio que consolador.

Hoje fiz uma ligação inesperada. E procuro entender por que cada vez que me encontro – praticamente – curada, volto a ter aquele vício novamente. Ainda que ele já seja um vício evoluído, sem esperança – e era a esperança que me torturava – não deixa de ser um vício, certo? Queria entender, Hans. Juro que queria... Mas não terei essa resposta. Não enquanto estiver acordada.

Quanto a isso, tenho tido sonhos estranhos. E o mais chato é que nos sonhos parece que comento sobre outras vidas... Acho que tenho feito boas viagens para o Outro Plano, HAHA Enfim, nessa última noite dois 'fantasmas' – jeito bom de chamar os ex, hein? - povoaram meus sonhos; O primeiro... Ainda me causa repulsa. Sorry. Eu realmente fui tão culpada quanto ele, mas... mas... Sabe aquela mania do ser humano de achar que a parcela de culpa do outro é – pelo menos um pouquinho – maior? Acho que já me perdoei por aquilo, e quero acreditar que já o perdoei também, mas ainda causa repulsa. Não o quero em meus sonhos. Bom, o outro fantasma... Posso culpar sua presença em meus sonhos pela ligação inesperada de hoje? Ainda que eu o ache idiota, egocêntrico – ego briga com ego, no nosso caso – e prepotente, bom... É o meu idiota, egocêntrico, prepotente. Não posso negar que ele consegue me fazer um bem danado, problema é que esse 'bem' sempre vem com uma parcela de 'dor'.

Queria poder realmente fazer uma limpeza psíquica, e ficar apenas com o bom sentimento de amizade que tivemos/temos. Somos bons nisso. Mas amizade sempre parece pouco, as brincadeiras com segundas intenções começam e... Quando vamos ver, começamos novamente.


Honestamente, não queria isso para 2012.
Mas eu o deixarei ser do jeito que for.
Que joguem os dados e decidam como vai ser o jogo.
C.G.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

sobre rotina, ser feliz e (apenas) ser;

Hans.

Essa é minha primeira carta do ano, não é tão simples fugir do clichê, certo? Mas não sei exatamente o que quero aqui... Acredito que eu devo deixar 2011 para trás, sabe? Não preciso revivê-lo nessas linhas, apenas um registro acho necessário, para que 2011 possa ir em paz: “Obrigada.” 

Quanto a 2012... Novo ano, certo? Mas vou deixar para que ele – ou eu, como quiser – o construa durante os meses. Nada de resoluções novas, desejos, planos. Que 2012 seja. E ele será, da forma dele. E quando chegar 2013, talvez eu simplesmente o deixe ir com um “Obrigada” também. Agradecendo pelo que ele me trouxe, e pelo que deixou de me trazer.

Hans, voltei a trabalhar hoje, e foi bom. Gosto de voltar a rotina, levantar, soltar a Eleonora, lavar o rosto, tomar café, escovar os dentes, brincar com a Eleonora, me arrumar, ficar um pouco na internet (comprei um celular novo!) e então, exatamente às 8h17m, ir pra fora, chegar até o fim da garagem, só pra olhar para trás e ver Eleonora me seguindo, então correr atrás dela, pegá-la no colo, trazê-la pra dentro de casa, prendê-la e então – às 8h20m – ir trabalhar. Não sem antes gritar um “SOLTA A ELEONORA, MÃE!”

Rotina. Respiro fundo e chego a conclusão que realmente gosto dela, dos horários, das pessoas que tenho que lidar, dos problemas e das soluções.  Levei anos para chegar a essa conclusão simples: “Eu gosto da minha vida.” E mais: “Sou feliz.” Não é meio... patético? Passamos tanto tempo querendo coisas, e pensando que a felicidade está lá – com a coisa – que vivemos como se ela não estivesse aqui, mas ela está, Hans. Cheguei a essa conclusão: Somos todos felizes. A vida tem das suas, e gosta de arrancar alguns minutos da tal felicidade, mas até isso é bom, sabe? Mudanças. Pequenas. É assim que elas acontecem. 



Para não deixar passar em branco,
que 2012 também seja, pra você.
C.G.


PS.: Chopin, Hans. Allegro Maestoso.