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a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


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Correspondências

domingo, 23 de setembro de 2012

sobre pensamentos aleatórios e ideias indevidas;

A vida é estranha, Hans. Essa constatação tem me perseguido faz um certo tempo... E você nem imagina o porquê. Bom, deve imaginar. Mas conta para mim: Você também não acharia estranho se aquilo realmente fosse real? Ou se torne real. Não sei.

Tenho medo. Quero. Mas tenho medo, e no fundo já nem sei se quero tanto assim e chego a conclusão que nem quero. É estranho, já disse. A vida devia ser mais fácil. Sei lá, ter um certo roteiro para seguir - um roteiro consciente, de preferência. Saber que meu inconsciente sabe, e - teoricamente - eu não, meio que me irrita. Enfim, você entende o ponto.

Eu poderia deixar as coisas acontecerem. Eu sei. Mas também não acho que resolveria, não nesse ponto que já cheguei. Impossível não racionalizar, né? Se eu não tivesse pensado sobre... talvez. Ou não. Mas agora já pensei, penso, penso, penso, penso. É demais. E também não é uma decisão que eu possa tomar, por que isso não deve ser algo racionalizado, já disse. Deveria simplesmente acontecer ou não acontecer. Mas agora que pensei, eu posso deixar acontecer - e isso implicaria em eu querendo que aconteça, e... dá merda, Hans. Ou eu posso não deixar acontecer - e acho que as coisas ficariam meio.... weird. Cadê o agir naturalmente, daí? FALANDO SÉRIO: Cadê o agir naturalmente em qualquer das opções?!

Merda, Hans. Existe o não escolher nada, ficar pensando... Que é o certo, no final das contas. Mas o problema é a naturalidade da amizade. Como você vai ser amiga - normalmente - depois de ter tido certo pensamentos - com cores!? 

Não vai dar em nada. Mas eu precisava falar, sabe? Mas ao mesmo tempo não posso FALAR e colocar todos os pingos nos is e dar nome aos bois, por que daí minha paranóia se tornará real. E eu não quero que se torne real. Deixa aqui dentro, quieto, adormecido, se mexendo de vez em quando, virando para um lado e para outro, mas sem incomodar muito. Bem, talvez um pouco.

Pelo menos seria algo totalmente sincero, né? Já falei sobre o dèja vú, e ele me chamou de medrosa. Ah, Hans! Existe um sininho aqui dentro badalando sem parar: "Mas já pensou que estranho seria se acontecesse? ;O" É um pouco mais efusivo, na verdade, tipo: MEU DEUS! MAS E SE FOSSE VERDADE????????????! E SE FOSSE PRA SER DESDE O COMEÇO!!!???????"

Complicado, Hans.
Mas tem tudo pra não dar em nada, respire, Hans. 
Lembra da promessa de não se envolver com quem mora longe?
Lembra do medo? PAVOR. Então. 

E nem é se envolver, PELAMORDEDEUS! É só um pensamento. Um sino insistente. 

Devagar e sempre.
Já passou, já passou.
Quem sabe outro dia.
 C.G. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

sobre o pós mudança;

Sabe aquela alegria da casa nova e própria, as expectativas de uma vida feliz e mais fácil? Ilusão, Hans. Não para mim - ainda acho bem mais feliz ter meu quarto do que dividí-lo, e ter dois banheiros na casa - mas para meus pais. Andei com medo - ainda ando, confesso - que minha mãe cairá em depressão. Por quê? Não é a coisa mais absurda do mundo? Casa nova. Casa LINDA e nova. E minha mãe cansada, estressada, incomodada... E muitos outros 'adas'. Não entendo, de fato.

Minha chefe diz que é a expectativa, que foi, na verdade. Que a casa foi tão esperada, por tantos anos - 17! - que agora que ela finalmente existe... Bom, não é tão simples quanto parece. Ainda tem muita coisa pra fazer - a frase "Teremos menos serviço." era ilusão, assim como a "Tudo terá seu devido lugar." Bom, faz exatamente UMA SEMANA que nos mudamos. Uma semana. E as coisas até que estão bem organizadas - comparando com semana passada, achei que ficaria louca no meio da desordem total.

Claro que a casa é grande. Claro que nós também a sujamos - como sujávamos a anterior, e claro que nós também a limparemos. Mas para a minha mãe, Hans... está tudo tão difícil. Para ela. Não posso dizer que é ela que está dificultando - apesar de esse pensamento ter passado pela minha cabeça - por que... bem, não sei exatamente o que ela está sentindo e pensando, não dá pra dizer: "Não é assim que é, mãe." se na cabeça dela... É assim.

Minha chefe também disse que isso vai durar um mês.



Só falta mais três semanas, Hans.
Três longas semanas, aposto.
C.G.

sábado, 8 de setembro de 2012

sobre mudanças, mudanças, mudanças.

Hey, Hans!

As coisas andam agitadas por aqui. Agosto foi bom, contei? Mas claro que setembro... aaaaaaah... Setembro é o mês da - finally! - mudança. Estamos nela, na verdade. Te escrevo em meio a caixas, pilhas delas, móveis fora do lugar... Por sorte ainda resta algumas coisas essencias... Se bem que pouco antes lembrei que todos os meus casacos - inclusive os ditos "leves" - já estão lá na casa "nova". E é pra chover, qualquer dia desses. Sinto frio, você sabe.

Fora a mudança... Bem. Só mudanças internas. Foram tantas, você não acha? Lembra um ano atrás quando comecei a te importunar? Lembra o motivo? Eu também lembro, mas não sinto mais. Repeti isso muitas vezes por aqui. É... divertido. É libertador, Hans! 

E as férias estão sendo boas. Não que eu possa realmente descansar, isso não dá, mas meu trabalho não cansa, eu canso é das pessoas. E isso está sendo ótimo, só socializando com a família. Enough.

Você é sempre exceção.
Volto a escrever na casa nova.
C.G.