Templates da Lua

a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


Caixa Postal

carollis.tumblr twitter.com/carolliiiiina .facebook.com/carolina.cds

Correspondências

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

sobre confiar plenamente Nele ou simplesmente ter fé;


Não sei, Hans, não sei. Tenho tido dias estranhos, viu? Na verdade nem tão estranhos assim, só ando pensando demais sobre ‘o que estou fazendo aqui’. É, aqui. Nessa vida. Nessa reencarnação. Você entendeu. E aonde eu poderia encontrar um caminho – ou respostas? Fui lá, redescobrir a paixão pela astrologia. Mas com enfâse nos nodos dessa vez. Resumindo tudo em poucas palavras, parece que minha missão aqui é construir uma família – realmente fazer parte de uma, estar dentro dela, e não do lado de fora – ou do lado de dentro sem deixar ninguém entrar. E também aprender a Fé pisciana.

Essa parte é estranha, viu? Fala sério, Hans, eu não sou a pessoa mais cheia de fé que você conhece? OK, talvez não a mais cheia... Mas enfim. Entre Foco, Força e Fé... Eu sou a Fé. E daí a interpretação do nodo lunar norte pisciano termina assim: “Quem mandou pedir: “ Meu Pai, eu quero aprender a confiar PLENAMENTE no senhor...”

Eu não confio PLENAMENTE Nele? Sempre achei que sim, e daí descubro que minha missão seria isso e... Como minha missão pode ser algo que sempre achei já ter? Deve significar que não tenho... Ou que estou entendendo tudo errado. Daí a Cecilia do blog do Yub comentou que a fé sagitariana é diferente da fé pisciana. Eu entendi o ponto, mas quando parei pra pensar bem... Eu não acho que minha fé seja tão racional assim, não estudei sobre nada ligado a Fé, pra ser sincera. Hans: SEMPRE ESTEVE COMIGO essa Fé!

É a mesma coisa quando perguntam por que eu acredito em reencarnação, e eu respondo: “Não sei, SEMPRE acreditei. Reencarnou comigo.” Até hoje, sempre achei que a minha Fé também, que essa confiança PLENA Nele também. 


Não sei, Hans. Não sei.
C.G.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

sobre ser sempre amor;

Ela vai mudar, 
Vai gostar de coisas que ele nunca imaginou
Vai ficar feliz de ver que ele também mudou
Pelo jeito não descarta uma nova paixão
Mas espera que ele ligue a qualquer hora


Só pra conversar
E perguntar se é tarde pra ligar
Dizer que pensou nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que


É sempre amor, mesmo que acabe
Com ela aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou

Ele vai mudar,
Escolher um jeito novo de dizer "alô"
Vai ter medo de que um dia ela vá mudar
Que aprenda a esquecer sua velha paixão
Mas evita ir até o telefone


Para conversar
Pois é muito tarde pra ligar
Tem pensado nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que


É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou


Para conversar
Nunca é muito tarde pra ligar
Ele pensa nela
Ela tem saudade
Mesmo sem ter esquecido que


É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
E é isso, não é? No final das contas provei que não estava tão errada assim, Hans. Mesmo tendo esquecido o que era bom... Depois eu lembrei. E será sempre amor.  Mesmo que acabe. Que mude. Mesmo que alguém esqueça o que passou. E a maioria das pessoas não acredita ou não consegue ver isso. Parece que é mais fáci odiar e falar mal do outro, do que admitir que houve sim momentos bons, que deu certo por um tempo, que ambos erraram e que agora acabou. 

Eu amo ele.
Mas não estou mais apaixonada por ele.
Tão simples, Hans.
Mas é sempre amor.
C.G.




domingo, 6 de janeiro de 2013

sobre estar do lado de fora ou não deixar ninguém entrar;

Minhas mãos estão cansadas, não tenho mais onde me agarrar, tudo já se foi: amizade, carinho e amor. Não há mais por que lutar. Minhas mãos estão cansadas,  não vou mais lhe segurar. Vou deixar que você se vá... Procure o seu caminho: Eu aprendi andar sozinho,  isto foi a muito tempo atrás, mas ainda sei como se faz. Minhas mãos estão cansadas, não tenho mais onde me agarrar. Não vou mais lhe segurar, vou deixar que você se vá...
Eu sempre vivi a parte de tudo, sabe? Estava lembrando da minha época do colégio e... Eu era a freak nerd, magrela e sem sal. Defino sempre como "o patinho feio", por que explica muita coisa, mesmo quando ainda era criança. Sempre a parte. Sempre do lado de fora. Quando você é criança você quer entrar, e eu até entrei durante um tempo, mas fui banida pelo bulling aos doze. Você lembra. E depois quando me deixaram entrar eu já não precisava mais daquilo: não queria fazer parte do grupo. E nunca mais quis. Ainda hoje, eu não faço parte de nenhum grupo, estou do lado de fora e sozinha. Não parece meio... deprimente?

Depois dessa constatação, lembrei de uma conversa do meu irmão sobre ter dificuldade para fazer amigos, e me colocou no meio disso. Mas só hoje que fui ver que ele cometeu um erro ali: O fato de eu preferir ficar sozinha em casa não quer dizer que eu tenha dificuldade em fazer amigos: Eu sou boa nisso, quando quero. O problema - ou não! - está aí: É difícil eu querer.

Em 2011 resolvi que estava na hora de conhecer gente nova, e entrei em Beaux - bom, devagar com o andor sempre, bem mais fácil conhecer e lidar com gente através de um fórum de RPG - e conheci umas pessoas legais que talvez levarei pra vida. Talvez não. Nada é certo, você bem sabe. Mas já no final de 2011 eu descobri que aquela pessoa não era eu: rodeada por muitas pessoas, todas te tratando como amiga, como se realmente fossem... Não é meu mundo. Então, em 2012 abracei meu lado antissocial e.... Acho que não conheci ninguém novo. Não que eu lembre, no mínimo ninguém importante. E foquei na família, pelo menos posso me orgulhar disso em 2012: eu não estive do lado de fora dessa vez, não dentro da minha casa. Me envolvi em assuntos familiares que nunca tinham me importado antes.

Sabe que agora paro pra pensar e como diabos não me importei antes? E é esse o negócio todo: quando você começa a se importar... Leva pra vida. E eu não me importo muito com os outros - além do círculo fechado que é a minha família. Bitch selfisch. É, eu sei.

Um exemplo bom é, bem... Você sabe. Mesmo o tendo banido da minha vida, e não tendo mais toda aquela carga emocional desastrosa... Eu me importo. Me importei de verdade uma vez e devo levar pra vida, pelo jeito. E daí eu paro e penso, Hans: Eu deveria me importar mais com as pessoas que estão nessa vida? Será que eu consigo? 

No final das contas não é que eu sempre estive do lado de fora, Hans. Na verdade, eu sempre estive no lado de dentro, mas nunca deixei ninguém entrar. 

E não sei se quero que alguém entre. 
E enquanto isso, as portas continuam fechadas.
C.G.




sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

sobre o fazer nada das férias e preocupações desse ano;



E as férias finalmente chegaram ao fim. Bom, ainda tenho o final de semana, mas tecnicamente elas já acabaram. Passou rápido e não passou. Não fiz muita coisa, não saí de casa, não encontrei a Daila Cristina, não fiz nada, na verdade. Mas foi bom. Eu gosto de "fazer nada", você bem sabe.

Não sei o que esperar de 2013 - eu já devo ter dito algo assim por aqui - principalmente no quesito profissional: Ainda estou no escuro quanto ao novo Secretário de Saúde, e depende desse novo ser - ou pode ser um antigo - para saber se teremos um ano calmo ou um cheio de estresses... É complicado. E tem aquele boato de centralizarem todos os setores de compras... Ou seja: Ou eu acabo saindo da Saúde - NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! - ou do Compras. Gosto do Compras, mas AMO A SAÚDE. Se for pra escolher, fico no Posto. Cresci lá dentro, afinal eu tinha dezesseis anos quando comecei a trabalhar lá! 

E tudo isso me espera na próxima semana... Claro que não serão mudanças radicais - e eu gostaria de acreditar que tenho escolha, sobre ficar na Saúde ou não. Sei lá, Hans. Política é algo complicado, viu? Por favor, me lembre de não me incomodar em se importar na próxima eleição, OK? 

Engraçado... Lembro de ter escrito algo - na época das eleições - como "todos ganham, no final das contas." Engano meu: Todos perdem, no final das contas. Ainda bem que a gente aprende.

Fora isso... A faculdade tem ocupado um certo espaço nas minhas dúvidas. Ainda não tenho completa certeza se vale a pena fazer essa. Mas farei, Hans, farei. Chegou a hora de se mexer, não? Não se preocupe, já está decidido. Mas nada me impede de mudar de ideia, você bem sabe.

Então, resumindo: No momento é o profissional que me preocupa em 2013. Já em relação a vida amorosa... Apesar de esse ser meu ano libriano, e tudo indicar ênfase nas relações... Não estou nenhum pouco preocupada com isso: já me acostumei com a inexistência desse setor na minha vida. E que assim seja.     
 
Obviamente, vamos conversando sobre isso durante o ano.
Vai dar tudo certo, Hans. 
Pra você e pra mim.
C.G.


P.s.: Estamos de cara nova, viu?

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

sobre pessoas que se vão no primeiro dia do novo ano;

Não sei Hans, não sei.
A Marceli morreu hoje. Ela descobriu em setembro, lembra?
SETEMBRO. Ela estava lá, limpando o chão, tirando o lixo das salas... E de repente: Marceli não vai voltar, problema grave no coração. E depois era um tumor e... Isso em SETEMBRO. 

E daí eu só consigo lembrar da primeira vez que a vi, e de que... bem, todos estão morrendo, Hans. Foi minha tia em agosto - descobrimos em novembro de 2011! - e agora a Marceli. 


Nessas horas me faz um bem danado acreditar na espiritualidade, Hans. Minha chefe diz que é por que a espiritualidade nos dá mais liberdade para errar... NÃO É! A espiritualidade nos faz acreditar que Deus não é esse ser injusto que arranca a vida de uma mãe de uma garotinha loirinha de dois anos. Que Deus injusto a daria só uma vida, e a mataria com trinta e poucos anos, deixando a filha pequena perdida no mundo? 

Não é mais chance de errar não, é mais chance de viver, de ser JUSTO. 


Começando o ano com esse aperto.
Coisas ruins irão acontecer durante o ano, Hans.
Assim como coisas boas.
Acontece com todo mundo, todos os dias.

O recomeço é uma ilusão. 
Você continua no mesmo emprego.
Com os mesmos amigos, as mesmas pessoas.
Você também continua sendo o mesmo, afinal...
Ninguém muda de uma hora pra outra. 


É só mais um ano.
No final das contas, 
quem tem que fazer algo com ele é você. 

C.G