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a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


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Correspondências

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

sobre o que não vai por bem, vai por...



A vida é estranha, Hans.



Acredito que já te disse isso umas vezes. Mas é, sabe? Estranha demais. E a gente é tão besta, Hans... Ainda me surpreendo com isso, sei lá... Eu só acho que chega um ponto e você deveria aprender e deixar de ser besta, entende? Mas daí vem a vida e te mostra a vida que você está levando e você vê o quão besta vinha sendo. Complicado, viu? E doloroso de admitir.  

Essa semana fui assolada por uma dor terrível que não desejo para quase ninguém. E achei que eu ia morrer. Sério e literalmente. E daí eu lembrei o quão forte eu já tinha desejado isso na vida – não morrer, e sim a forma mais bonita de dizer isso: voltar ao plano astral. E não é tudo a mesma coisa? É. Mas acho dramático demais desejar morrer... HAHAHAHAHAHAHAHA Compre um manual para me entender.


Pois bem, enquanto sentia a dor-terrível-oh-meu-Deus-eu-vou-morrer, eu percebi que, obviamente, eu não queria morrer. É bonito falar de plano astral, acreditar nele, achar que as coisas funcionam melhor por lá, e blá blá blá... Mas quando o bicho pega: você não quer voltar pro plano astral, Carolina! E pela primeira vez na minha vida eu tive medo de perdê-la. MEDO. Eu que dizia em alto e bom som que não tinha medo de morrer... Tive medo de morrer, HAHAHAHAHAHA Viu? A vida é estranha. Mas aprendi a primeira lição dada.

Lição aprendida, OK. Mas claro que a vida ainda tinha que me dar mais uma liçãozinha... Só que pra essa, ela teve uma ajudinha básica do inconsciente. Não bastava me ensinar que a vida é boa e SIM, tenho medo de morrer, precisava pegar mais pesado ainda...

E então eu sonhei. E se eu raciocino sobre o sonho eu vejo o quão terrível ele foi, sim, mas o pior é lembrar do que eu senti: DEVASTAÇÃO. Eu nunca me senti tão... é, devastada é o melhor adjetivo que posso usar para descrever. Um sonho sem começo nem fim, mas vou resumir bem: todas as minhas amigas – já que só tinha amigas mesmo, no sonho (e na vida) – tinham morrido. Acidentes bobos, e tinham ido uma por uma. A Daila Cristina sobrou, ufa, mas ainda assim... Eu fui no cemitério ver as tumbas... E não existia Limbo, não existiam amizades virtuais, nada disso no meu sonho. Só existiam as amizades que passaram pela minha vida e todas estavam mortas. Preciso dizer mais?


Sério, Hans. 
Lição dois em andamento de aprendizado.
Pra ontem.
C.G. 

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