Hans.
Essa é minha primeira carta do ano, não é tão simples fugir do clichê, certo? Mas não sei exatamente o que quero aqui... Acredito que eu devo deixar 2011 para trás, sabe? Não preciso revivê-lo nessas linhas, apenas um registro acho necessário, para que 2011 possa ir em paz: “Obrigada.”
Quanto a 2012... Novo ano, certo? Mas vou deixar para que ele – ou eu, como quiser – o construa durante os meses. Nada de resoluções novas, desejos, planos. Que 2012 seja. E ele será, da forma dele. E quando chegar 2013, talvez eu simplesmente o deixe ir com um “Obrigada” também. Agradecendo pelo que ele me trouxe, e pelo que deixou de me trazer.
Hans, voltei a trabalhar hoje, e foi bom. Gosto de voltar a rotina, levantar, soltar a Eleonora, lavar o rosto, tomar café, escovar os dentes, brincar com a Eleonora, me arrumar, ficar um pouco na internet (comprei um celular novo!) e então, exatamente às 8h17m, ir pra fora, chegar até o fim da garagem, só pra olhar para trás e ver Eleonora me seguindo, então correr atrás dela, pegá-la no colo, trazê-la pra dentro de casa, prendê-la e então – às 8h20m – ir trabalhar. Não sem antes gritar um “SOLTA A ELEONORA, MÃE!”
Rotina. Respiro fundo e chego a conclusão que realmente gosto dela, dos horários, das pessoas que tenho que lidar, dos problemas e das soluções. Levei anos para chegar a essa conclusão simples: “Eu gosto da minha vida.” E mais: “Sou feliz.” Não é meio... patético? Passamos tanto tempo querendo coisas, e pensando que a felicidade está lá – com a coisa – que vivemos como se ela não estivesse aqui, mas ela está, Hans. Cheguei a essa conclusão: Somos todos felizes. A vida tem das suas, e gosta de arrancar alguns minutos da tal felicidade, mas até isso é bom, sabe? Mudanças. Pequenas. É assim que elas acontecem.
Para não deixar passar em branco,
que 2012 também seja, pra você.
que 2012 também seja, pra você.
C.G.
PS.: Chopin, Hans. Allegro Maestoso.
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