Hans. Ah, Hans.
A vida é muito estranha, você sabe... Eu sempre achei que jamais iria superá-lo. E então eu superei, do nada – ou de muito, não sei te dizer. Mas perdi tantas outras coisas no processo, sabe? Estive pensando nisso... Lembra da empolgação? Do curso fora, dos concursos quilômetros de distância? Acabou. Eu gosto de repetir o título daquele texto que te mandei certa vez, em alto e bom som: O amor morreu. E fico repetindo, repetindo... O AMOR MORREU. Até entender que não foi só o amor que morreu. Outras coisas se perderam no caminho, foram junto com ele.
E parte de mim, de certa forma,
tão horrivelmente clichê. Aquela empolgação... ambição... Por que se foi,
também? Me lembro da outra vez que aconteceu... Outro caso com bem menos danos,
lembra? Também me fazia ir de ré, querendo ficar e ficar, apesar de eu ainda
continuar indo. Com ele não... Sempre quis seguir adiante, ir mais longe.
Acontece que isso também morreu.
É a única explicação que encontrei – e eu gosto de passar momentos tortuosos as procurando, você bem sabe. Olhei para trás me perguntando quando foi que eu havia desistido de Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, qualquer lugar que antes me faria brilhar os olhos... E só consegui pensar em um tempo, entre agosto de 2011 e início de 2012. O que ocorreu ali? O amor morreu, Hans.
E o que fazer agora? Sei que eu
deveria continuar indo, ou pelo menos querendo algo. Não pode ser saudável você
estar completamente satisfeita com sua vida aos vinte e quatro anos. E te
garanto que ela deve ser considerada meio ‘loser’ para um tanto. Não que eu me
importe. E é aí que está todo o problema, Hans: Eu não me importo.
Conte para mim quanto
tempo durará esse luto,
Porque o amor morreu, Hans.
Mas eu supostamente não.
C.G.
Porque o amor morreu, Hans.
Mas eu supostamente não.
C.G.
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