Semana passada conversei com a
Franci. Depois de meses. Hans, eu tenho passado tanto tempo dentro, que não tenho
deixado mais ninguém entrar, entende? Mesmo aquelas que eu achava que já tinha
sido inclusas. Ah, eu realmente deveria saber que não funciona dessa forma
comigo. É engraçado olhar para trás e ver que melhorei na questão de
socialização, e também piorei completamente. Funciona mais ou menos assim: “É
fácil socializar? É claro que é! Mas eu não
quero.”
E é doentio, você sabe. Daí me
pego pensando... será que é realmente doentio? Será que me transformar em
alguém mais... sociável... é o que devo fazer? Ah, Hans... Você consegue
imaginar isso? De verdade? Não acredito. Não consigo ver, e se eu não conseguir
ver... Não acontecerá, você sabe. Mas enfim, depois de algumas linhas de
conversa com a Franci, ela disse: “Cuidado para não se tornar insensível
demais.” (ou algo assim, preguiça de abrir o histórico nesse momento). E é
verdade. Quanto mais eu deixo as pessoas fora, mais insensível eu fico. Eu não
sinto, Hans. E eu tenho Netuno na 1, eu sou um portal e carrego ‘toda a dor do
mundo’. E não sinto nada (mas me sinto bem, obrigada por perguntar.)
O problema – ou não – é que
sempre foi muito fácil estar sozinha, não precisar estar com outros. E é cada
vez mais fácil...
Mas até que ponto?
Todo mundo precisa de todo mundo, Hans.
Não dá pra ser uma ilha pra sempre.
Todo mundo precisa de todo mundo, Hans.
Não dá pra ser uma ilha pra sempre.
Nadei da minha ilha até a sua só pra dizer que sinto as mesmas coisas.
ResponderExcluirDesativei a conta do facebook pra estudar pra um concurso (que acontece em julho) mas estou pensando seriamente em não voltar.
E não sinto falta. Não é aquele tipo de "relacionamento" que eu desejo ter com as pessoas, e, na verdade, aquilo não passa de um reflexo do que no fim é a maioria dos relacionamentos que temos com as pessoas.
Talvez seja de fato doentio, ou um pouco antissocial... Mas sabe, Carolis, fico pensando - às vezes - que minhas tentativas de relacionamento estão fadadas ao insucesso de desejar quietude. Porque se não for extraordinário o tempo todo, eu me basto.
É ruim... E beira uma "depressão tácita", digamos assim, pra exagerar nos termos. Mas eu prefiro, quase sempre.
Enfim. Bom ter você pra ler e se identificar.
Estou no e-mail de costume: (cau.geremias@gmail) e, se por acaso se corresponder à moda antiga (cartas eletrônicas? vintage? retrógrado? original? avant garde?) lhe agrade, mande notícias por lá =) Vou adorar.