A última carta que te escrevi, não mandei, Hans. Achei que o motivo que me fez escrever era egoísta demais, e resolvi deixar o rascunho de lado, talvez para uma melhor adaptação, no futuro. Porém o motivo de hoje também é uma dessas sensações que você se envergonha, mas não consegue evitar. Somos assim, né?
Sinceramente não sei se é o fato que nasci no primeiro dia do mês, ímpar, numa quinta-feira, ímpar, meu nome completo, minha Lua em Virgem ou ainda toda a junção do meu mapa astral, mas se tem uma coisa que eu detesto, é ser contrariada. E você, pessoa de certo conhecimento, deve concordar comigo que as contrariedades fazem parte do mundo. E poxa, talvez até fazem ele um pouco melhor, não acha?
Ainda assim, a criança birrenta aqui dentro bate o pé e faz escândalo, não aceita que às vezes não dá, não deu, não quiseram... QUE NÃO. Simples assim. É até meio cômico, por que se olharmos por outro ângulo, a pessoa que mais contraria os outros nessa família, na vida... sou eu. O NÃO é presente, até demais, no meu vocabulário.
Mas quando ele é referido à mim, aaaah... a criança birrenta faz beiço, faz birra, fecha a cara e exclui o mundo. Ousaram me contrariar, agora aguentem meu mau humor. Não é patético? Quando você, um dia, me responder sobre esta, Hans, escreva apenas uma palavra: Cresça.
¯\_(ツ)_/¯
C.G.
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